OLHOS TRISTES
Lembro-me vagamente de Marcos Passeando sozinho na praça Seu olhar era triste Fixo num lugar bem diferente Onde via o arco-íris com outras cores Fustigando sua mente. Seus olhos confessavam medo e horror Viam somente visões Há muito não viam a realidade Por isso entristeciam-se Com a auto-destruição.
A droga perturbava-lhe a cabeça Castigava-o com alucinações Queimavam seus olhos Até ficarem vermelhos como uma brasa. A droga levou Marcos a ficar indiferente Com a família que o amava Derramando lágrimas dia e noite.
A droga, sorrateira, matava Marcos E numa noite bruscamente Sem avisá-lo A morte o levou Dentro de uma dose “muito louca”
Poesia inspirada em história real e publicada no livro da minha autoria "...mas a alegria vem pela manhã", Onã Silva A Poetisa do Cuidar
Enviado por Onã Silva A Poetisa do Cuidar em 06/02/2009
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